quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A luz

Era cinza aquele dia, o céu nublado naquela manhã de sexta feira criava uma atmosfera nostálgica. Um jazz denso rolava em meu mp3, enquanto observava pela janela do avião as casas e prédios ficarem pequenos. A mata formava lindos desenhos assim como os rios que a cortavam, mas a cidade se mostrava um amontoado de telhados e lajes não uniformes que pareciam disputar, assim como seus criadores, o espaço que existia entre eles, De repente já não podia ver mais nada, rapidamente as nuvens que viamos fazendo sombra lá embaixo estavam passando pela nossa janela, tomando nossa visão que seria totalmente bloqueada pela água condensada. Em pouco tempo veio a revelação, sim, eu vi a luz! Em poucos segundos ultrapassamos aquela camada e o sol iluminava o lindo e infinito azul do céu. Era como se estivesse em um dos dias mais belos que já vi. Naquele instante percebi que em nossas vidas é perfeitamente natural termos dias cinzas e tristes, que em meio nossos problemas podemos ficar incapazes de ver um palmo a nossa frente, cegos pela neblina de nossos sentimentos, mas que sempre, absolutamente e inegavelmente sempre, o sol e o céu azul estão logo adiante. Que não devemos temer, muito menos parar e que seguindo em frente, seguindo nossos objetivos, veremos tudo com clareza. Agora o trompete soa feliz!

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