sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Covardia
Empháteia
segunda-feira, 27 de julho de 2009
O navio
Quando o navio partiu, a sensação foi oposta. Enquanto diminuía rumo ao horizonte, o aperto no coração crescia. Pela primeira vez me atentei como boa parte dele estava submersa, ele nčo utuava suavemente sobre o oceano, ele rasgava o mar em busca de seu destino. E não é isso que fazemos em nossas vidas? Mesmo que sigamos os conselhos de Affonso Romano de Sant’Anna e o zermos com total delicadeza, ainda assim deixamos nossas marcas por onde passamos. Enquanto muitos se preocupam com as marcas que deixarão, ainda que com boas intenções, coitados, estas marcas não dependem apenas de quem as faz mas também de onde são gravadas.
A maioria nem se quer pensa nas marcas, se assusta quando com elas se deparam e por pensar apenas no porto a desembarcar acaba nčo apreciando as viagens. Porém, alguns poucos e raros, vão vivendo de horizonte a horizonte. E mesmo quando tudo é céu e mar, podem perceber a beleza singular de cada dia, achar o belo na trivialdade. As marcas que deixam não são mais superficiais, pelo contrário. Ainda assim, pousamos nossas atenções carinhosamente sobre elas e compreendemos que elas tinham que ser deixadas ali, para que cada horizonte pudesse ser visto com a beleza merecida.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Suave
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Pensar
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Centro
AMOR E SOLIDÃO
Iluminando vielas escuras de meu ser...
Um sonho dança em minha cabeça
Que percebe a valsa das esferas celestiais...
Sinto o amor se aproximar e vejo rosas
Em toda parte refletindo esperança...
Vejo a utopia e caminho em sua direção
Em busca da verdade...
Envolve-me a película do medo...
No alto brilha o sol indicando-me a solidão...
Recebo alegria, liberdade e êxtase...
Sozinho... sozinho... sozinho.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
O que o homem não pode criar
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Como lidamos com nossos problemas
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Sacrifício
Hoje ouvi uma pessoa me explicar algo inexplicável. O caso é que em sua fazenda havia uma cadela que estava lhe causando problemas. Havia matado algumas galinhas e como se não bastasse, atacado algumas ovelhas. Lhe castigaram, recebeu uma boa surra para não voltar a fazê-lo mas não havia aprendido. Por isso, me explicava, é que tiveram que sacrificar o bichinho. A palavra sacríficio vem do latim, apesar da b[iblia ter ligado esta palavra a morte, ela quer dizer sacro-ofício, tarefa sagrada. A morte daquele animal não foi um sacrifício, não foi uma obra para deus, foi um assassinato. Realmente é um problema ele atacar as galinhas e ovelhas, agora qual o direito que temos de condená-la a morte? Recebemos este direito pelo simples fato de raciocinarmos? Se sim, qual deveria ser a pena para quem executou a cadela sem se perguntar se isto era correto? Ainda ouvi que não entendo por que não tenho fazenda, mas para mim está claro: entendo, logo não teria uma fazenda.
domingo, 25 de janeiro de 2009
"O escafandro e a borboleta"
Neste instante
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
CAMINHADA
Repouso íntegro na profecia do adágio,
Aconchego: aproximo-me do amor
Que se apresenta nos clarões de silêncio
Desenhados em meus passos tão leves
Que me fazem caminhar sobre as águas.
Poesia colhida do reflexo da eternidade
Batendo nas sombras do tempo, soprando
Nas flautas transversais sons transcendentais
Atravessando a linha do espaço para no regaço
Do ocaso abrigar a tez vermelha de arrebol.
Estranha sensação percorrendo a casa
De ser eu, por acaso uma cristalina palavra
Que venha libertar-me da dúvida trará-me
Um novo amanhecer no qual eu possa repousar
A face dos meus sentimentos que brotam
Das longínquas paisagens do “eu sou”?
Vejo riscos luminosos nas arestas do pensamento
Eles apagam as perguntas e levemente
Trazem-me repouso da dúvida.
Despertam-me em adágio matinal
Iluminando a manhã do meu imo
Com a luz de um sol Divinal.
Mergulho nos clarões do silêncio
E sendo o amor, de tão leve que estou
Vou caminhando sobre as águas...
Odin, 25/04/08 18:15
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Vida Preenchida
cheio de sonhos, amores e esperanças
repleto de amigos, colegas e amantes
sempre agradeço,
em cada instante,
pela abundância nesta vida errante
Ainda que pouco tempo me reste
dentre todos os afazeres
certa hora em silêncio grito
e me contorço e urro e suplico
há um buraco em minha alma
e nele habita a dor,
habita a verdade e,
tudo o que existe
e não sou homem de ver
Não há o que o preencha
pois todo universo nele está
e minha própria alma está lá,
nas profundezas de um buraco nela mesma
Opressor?
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Obrigado
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
MOTIVO ALHEIO
Era o momento da criação
E a poesia estava quieta atrás
Da pena e à frente do papel
Não queria entrar em cena
Havia medo do signo do espanto.
No entanto eis que a cortina
Impiedosa ergueu-se e mostrou-me
Nua e rubra poesia rogando o silêncio
Já meio torpe, professava aos discípulos
Em pleno cenáculo que o discurso
Perdeu o curso, que os sons
Já não conseguem sentido.
Está em crise existencial
Já não sabe para que serve
Ou serviu. Almeja o silêncio,
Quer se calar mas está fadada
Ao eterno baile de palavras
Entrelaçadas nas linhas
Tristes ou engraçadas
Belas ou desgraçadas,
Como vinhas trazendo
Frutos doces ou amargos
Suas linhas que trepidam
Flutuam alheias ao poeta
Em veias desconhecidas
Circunscrevem o motivo
De seus versos terem
Existido.
Odin 29/01/07 21:15
Morre Lentamente
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.
Pablo Neruda
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Desencanto
Aprendizado
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Encontros
- Pai por que este cara fala daquele jeito?
- De que jeito filho?
- Ah pai!!! daquele jeito... (já um pouco irritado)
- Ah!!! É por que ele é paulista...- o menino fez cara de que ficou ainda mais confuso - ele não é gaúcho.
após breve silencio:
-hummm, coitado dele né?
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Pessoa
- Valeu pessoa, pra você também, que deus te abençoe.
Quase chorei, ele me tratou como quer ser tratado, me vê como pessoa, como queria ser visto.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
ELEVAÇÃO
E desvendo-te mergulhando dentro
Da canção dileta que teus olhos me ditam...
Assim me acho e me entrego ao silêncio
Revelador do interior de sua alma
Que vibra azul pela canção de nosso amor...
Aos poucos percebo tudo sorrir, sinto um rio
Afluir em veias desconhecidas do infinito
E um jardim de luz resplandece e me envolve,
Banhando-me de êxtase e convidando-te
Ao deleite do passeio... Seguro em tuas mãos
E vamos caminhando sentindo em cada passo
O compasso da natureza, o pulsar do mundo...
Uma orquestra toca o som do Universo
Que agora escutas comigo em profunda
Devoção... Luzes douradas, azuis e violáceas
Se apresentam: são anjos que entram ao som
De um magnífico Aleluia...
Uno meu corpo ao teu e nessa harmonia
Nos elevamos a Deus. (Odin 21/05/08 9:20)
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Seres vivos
cresce nas plantas,
anda nos animais,
pensa nos homens,
ama nos anjos.
Por isso, respeite:
As rochas como se fossem plantas,
as plantas como se fossem animais,
os animais como se fossem homens,
e os homens como se fossem anjos."
(Inscrição rupestre encontrada da China datada em mais de 3000 anos)
"Por que os anjos tem asas como os pássaros, porque o homem tem pelos como os animais, e todos tem alma como Deus."
Não sei onde vi esta frase...
A alma errada
assistir novelas de TV
ouvir música Pop
um filme apenas de corridas de automóvel
uma corrida de automóvel num filme
um livro de páginas ligadas
porque, sendo bom, a gente abre sofregamente a dedo:
espátulas não h·... e quem È que hoje faz questão de virgindades...
E quando minha alma estraçalhada a todo instante pelos telefones
fugir desesperada
me deixará aqui,
ouvindo o que todos ouvem, bebendo o que todos bebem,
comendo o que todos comem.
A estes, a falta de alma não incomoda. (Desconfio até
que minha pobre alma fora destinada ao habitante de outro mundo).
E ligarei o rádio a todo o volume,
gritarei como um possesso nas partidas de futebol,
seguirei, irresistivelmente, o desfilar das grandes paradas do Exército.
E apenas sentirei, uma vez que outra,
a vaga nostalgia de não sei que mundo perdido...
Mário Quintana
Van Gogh - em Kurosawa's Dreams
Verá que toda a natureza tem a sua beleza. E quando há esta beleza natural, eu simplesmente me perco nela. Então como num sonho, a cena se pinta sozinha para mim. Sim, eu consumo este cenário natural. Devoro-o completamente! E então quando termino... a imagem aparece completa diante de mim. Mas é tão difícil segurá-la aqui dentro."
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Esquecimento
Sem pensar no que serei
Sou sem pensar
O pleno esquecimento
Vivendo o eterno nascimento
Dentro da hora urgente
Do instante.
(Odin 25/09/08)
NASCIMENTO SILENCIOSO
Violáceas. Percebo o ritmo das flores
Conduzindo a harmonia de tua alma feminina.
Escuto o sibilar sagrado conduzindo-me
A repousar no teu interior: abraço-me
Na branca flor-de-lótus que desabrocha
Mil vezes em minha pele quando deito-me
Dentro do teu Universo.
A serenidade manifesta-se quando contemplo-te
Para além do tempo-espaço.
Tuas curvas delicadas conduzem meus versos
Que brotam do alto do meu pensar-te minha.
Imerso em tuas delícias femininas
Recebendo calor do teu corpo carnal
Visito o teu ser-espiritual para subir
Aos mistérios do amor.
(Odin 13/10/08)
Manto Azul
Escrevo poesia se fico em silêncio
E me torno poeta se visito o inefável...
Salvo-me do tempo subindo espirais
Da eternidade. Vejo os veios do mundo
E os palácios da sabedoria com seus anjos
Tocando a Lira da Harmonia.
Tudo é a verdade, tudo está em seu lugar
Nada é a verdade, nada está em seu lugar.
O Caos manifesta-se em mim e rodopio
Num movimento que me alonga até a beira do indefinido.
Desconheço a velocidade de ser eu:
Um turbilhão de dúvidas me visita.
Recorro ao silêncio e faço poesia
E tenho a resposta no inefável azul
Da maresia.
(Odin 25/09/08)
terça-feira, 28 de outubro de 2008
levado
palavras arrastam tudo o que vejo e sinto.
O denso submerge e pesa
como é difícil arrastá-lo.
O ar que me resta borbulha na superfície,
assim emerge ao mundo pequenas porções
das profundezas do meu ser.
A espuma suja, o marrom da terra revirada
indicam a tempestade que recém aconteceu.
Subindo os níveis da água
transbordando as margens da existência.
Talvez, quem sabe, na próxima curva
eu já não esteja de fora.
No verde limbo pulsante
das pedras que repousam,
vendo tudo acontecer.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
A luz
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Mangue (conto de 2000)
Três moleques que ela acreditava que ainda deixariam-na louca. Moravam em uma casa humilde feita de barro e pedra, onde já houveram telhas, papelão e plásticos hoje se revesam.
José, pacato trabalhador, diariamente ia a uma cidade perto de Recife, andava duas horas sobre a terra vermelha, sob um sol que subia rápido e gerava um calor que parecia causar incêndios. Chegava na cidade em busca de serviço, carregava caixas, descarregava caminhões, pedreiro, pintor, mal e mal falava mas por seus filhos seria cantor. Estava sempre disposto, um bico, um favor, nunca parava quieto estava sempre de bom humor. Cleyde não, amargurada, desesperançosa, estava sempre a reclamar, se não fosse algo dos filhos, um motivo sempre ela tinha. Os meninos iam crescendo e diferenciando-se cada vez mais, mas estes são peças raras e ainda terá o tempo em que hei de explicar. O mangue é inexplicável, ia crescendo, assustando quem o via, encantando quem o conhecia. Antes o mangue estava ali, adiante, com seus fascínios e temores, com seus bichos e seus odores, mas não parece querer esperar, dominou o que um dia José chamou de quintal, e era naquela lama, que um dia irá secar, virar terra vermelha que esta história irá acabar.
Francisco foi o primeiro, fruto da euforia, filho da carne ardente, de uma paixão que começará a despertar. Cleyde era uma criança com corpo de mulher, nunca havia visto um homem que lhe desse a oportunidade dela saber quem é. Não conhecia a ninguém, nem a ela mesma, órfã de mãe, o pai trabalhava de dia, bebia a noite e brigava nas horas vagas. Ela morava longe de tudo, cuidava da casa, da comida e apanhava. Mas estes dias estavam contados, pois todo homem valente um dia conhece alguém mais valante ainda. Certa vez seu pai não voltou e com o passar dos dias sua fome começou a ser incontrolável, e ela decidiu procura-lo. Logo no início da jornada descobrira que nada encontraria, que seu pai que era tão forte encontrara alguém com quem não podia. Sua fome agora se mesclava com os sentimentos de tristeza e de solidão. Mas ela não gostava daquele bêbado mesmo, acreditava que havia deixado sua mãe morrer no parto, e que além de bebedeiras só a desgraça o acompanhava.
Ela encontrara a ajuda de um rapaz simples, que lhe ofereceu pão e uma coberta. Foram vizinhos alguns dias, nos quais dormiram no chão. Cedo ele se levantava e corria lutar pela sua sobrevivência, se apaixonaram e ela engravidou. Resolveram então mudar para a casa de uma tia dele, que morava a poucos quilômetros dali. Suas rotinas não mudaram, ele trabalhava e ela cuidava da casa e de Maria, Senhora doente que logo viria a morrer. Nasce Francisco, menino bom, desde pequeno apegado na mãe e nos irmãos, que não tardariam a nascer. Não via a hora de ir trabalhar com o pai, ajudar a casa, ir para a cidade conhecer pessoas. Demer não, era bravo, estava sempre sozinho. Gostava de ir no mangue, brincava com caranguejos e conversava com urubus, jurava que eles o entendiam e que sua família de nada sabia. O caçula Luiz era o que mais se apegava a todos. Não duvidava de ninguém e fazia tudo o que pediam. Quando se mora afastado de todos não se sabe distinguir o certo do errado, não se acredita que um castigo é justo, nem ao menos para criar limites. Neide e seu complexo de desgraçada que não a deixava em paz, estava sempre se perguntando como era a vida em outros lugares, não sabia o que era felicidade, e tentava passar aos filhos tudo o que sabia. Pois lhes pergunto, o que ela sabia? O que teria aprendido com a dor? Estas experiências poderiam ser ensinadas?
Os três cresceram sofrendo, o pai ausente, pois precisava trazer alimentos, a mãe sempre amargurada, brigando e xingando, um sonhando em trabalhar, outro conversando com urubus e o último que só seria feliz com a felicidade de todos. José sim era feliz, sua família era saudável, ele nunca falhara em trazer comida, sua mulher o tinha como a única coisa boa que acontecera em sua vida.
Finalmente francisco fora trabalhar com o pai, a casa ficou ainda mais vazia, Saiam antes do sol nascer voltavam logo após o sol se por. Certo dia Demer se irritou com Luiz, pegou uma faca e sem pensar nas conseqüências, tentou apunhalar o irmão. Cleyde estava certa, sua vida era uma desgraça, mas não esperava o mesmo da morte, Sangrenta, lerda e dolorida. Fora atingida sem querer, cairá, e antes de perder a consciência ainda teria tempo de ver seu caçula cair ao seu lado, sem forças para se levantar. Ao chegar em casa, José e Francisco não encontraram ninguém, viram algumas manchas de sangue, se preocuparam, mas tinham de descançar. No outro dia, antes do sol nascer, foram trabalhar, enquanto o mangue avançava em direção a sua casa.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Covardia!
Texto do filme de Théo Angelopoulos, em " Cada um com seu cinema"
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Só
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Woody Allen
A recepção dada a "Vicky Cristina Barcelona" vem sendo boa. Isso deve ser gratificante.
Se você não tivesse mencionado isso agora, eu nem ficaria sabendo. Terminei este filme há vários meses, e, quando termino um filme, não sinto mais o menor interesse nele. Já recebi ótimas críticas de filmes que não ganharam um dólar nas bilheterias. Recebi críticas negativas de outros, e isso nunca significou nada. O fato de lhe chamarem de grande não faz você ser grande, e o fato de dizerem que um trabalho é terrível não o torna terrível.
Eu me lembro de, anos atrás, voltar para casa depois de ter um grande triunfo com "A Última Noite de Boris Grushenko" ("Love and Death") e, mesmo assim, a garota do apartamento em frente não quis sair comigo. Eu estava em casa, sozinho, comendo comida chinesa diretamente da embalagem, sem nada a fazer exceto assistir à televisão. O sucesso nunca significa nada.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Estranho
Penso então em ser estranho e concluo que só por pensar isso já sou estranho! Mas acho ainda mais estranho quem não pense assim. Caierio dizia que a beleza da natureza e dos animais era exatamente por não pensar em nada, em apenas ser, mas e o ser humano? Terei o direito de não pensar? terei esta capacidade? É estranho pensar que sou estranho mas não poderia ser diferente, acho estranho por exemplo, as pessoas não se perguntarem de onde vem o que elas comem e me acham estranho por fazê-lo, acho estranho pessoas acenderem um enrolado de cancêr em potencial, para fazer fumacinha fedida em nome de um prazer que poderia ser obtido em outras fontes. Mas definitivamente, é estranho alguém ficar pensando sobre isso, sozinho em uma tarde chuvosa de domingo.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Quebrou!
domingo, 29 de junho de 2008
Embreaguez
terça-feira, 24 de junho de 2008
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Não Matarás - Kieslowski
para sua morte, me senti no caminho oposto pois a luz que estava no fim do corredor para mim representou a descoberta de uma obra fascinante!
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Retrato Urbano
terça-feira, 10 de junho de 2008
Manhã gelada
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Mandamento de Dionísio
As delícias da carne
A quem abriste
Os céus de tua alma.
Adalberto Monteiro
Enviado pela Camarada Araújo